Esse Blog é destinado aos alunos das disciplinas de Psicologia Escolar e Educacional e para disciplina Psicologia Escolar e Problemas de Aprendizagem. PEPA
Em pesquisa que ouviu 100 mil docentes em 34 países, 12,5% dos brasileiros contam que são agredidos ou intimidados uma vez por semana dentro da escola
FRANCISCO EDSON ALVES
Rio - No dia 12 deste mês, o professor de Biologia Carlos Cristian Gomes, de uma escola estadual de Sergipe, levou cinco tiros de um aluno de 17 anos, que teria ficado revoltado com uma nota baixa. Gomes está internado em estado grave e respira por aparelhos. Esta semana, professores do Ciep Pablo Neruda, no bairro Laranjal, em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio, ameaçaram parar suas atividades em protesto por causa das constantes agressões verbais desferidas por alunos.
R., 45 , há dois anos teve que sair do Ciep Estaudal Raul Seixas, em Costa Barros, depois de ser agredido por aluno e parentes do estudante
Foto: Alessandro Costa / Agência O Dia
Os dois casos recentes de violência contra docentes ilustram pesquisa feita pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que revela que 12,5% dos professores ouvidos no Brasil se disseram vítimas de agressões verbais ou intimidação de alunos pelo menos uma vez por semana. A enquete foi feita em todo o mundo e abordou mais de 100 mil professores e diretores de escolas do segundo ciclo do Ensino Fundamental e do Ensino Médio (alunos de 11 a 16 anos). O resultado põe o Brasil no topo do ranking de violência em escolas.
“Infelizmente, isso é pura realidade. No Estado do Rio, os professores são vítimas diariamente de vários tipos de agressões físicas e verbais. Tanto que estamos preparando um levantamento sobre o assunto”, diz a professora Beatriz Lugão, diretora do Sindicato dos Profissionais da Educação do Rio de Janeiro (Sepe-RJ). De acordo com ela, o clima de violência nas escolas públicas é desencadeado por diversos motivos.
“Sobretudo pela quantidade insuficiente de professores, falta de inspetores, espaços físicos sucateados e insegurança no entorno. No meio disso tudo, como um para-raio, está o professor”, diz ela.
Os índices referentes ao Brasil são os mais altos entre os 34 países pesquisados, onde a média entre eles é de 3,4%. Depois do Brasil, vem a Estônia, com 11%, e a Austrália com 9,7%. Na Coreia do Sul, Malásia e Romênia, o índice é zero.
Além de ataques, professores convivem com ameaças de morte. É o caso de R., 45 anos, que há dois anos teve que sair do Ciep Estadual Raul Seixas, em Costa Barros, depois de retirar um aluno que fazia bagunça na sala de aula e apanhou dele, da mãe e do irmão do estudante. O caso foi registrado na 39ª DP (Pavuna). No país, só 12,6% consideram que são valorizados
Para Dirk Van Damme, chefe da divisão de inovação e medição de progressos em educação da OCDE, pela escola estar mais aberta à sociedade, os alunos levam para a aula seus problemas cotidianos. “Essa é uma das possíveis razões pelo quadro revelado pela pesquisa”, argumenta Van Damme.
De acordo com ele, o Estudo Internacional sobre Professores, Ensino e Aprendizagem (Talis, na sigla em inglês), também expôs que somente um em cada dez professores (12,6%) no Brasil acredita que a profissão é valorizada pela sociedade. Nesse quesito, a média global alcançou 31%.
Pela enquete, o Brasil está entre os dez últimos da lista em relação ao assunto. No último lugar aparece a Eslováquia, com 3,9%, seguida de França e Suécia, onde só 4,9% dos professores acham que têm o devido valor perante a sociedade.
A surpresa ficou por conta da Malásia, onde 83,8% dos professores acham que a profissão é valorizada. Cingapura, com 67,6%, e a Coreia do Sul, com 66,5%, também tiveram boas avaliações nesse item. A pesquisa indicou ainda que, apesar dos problemas, a maioria dos professores no mundo se diz satisfeita com a função
Para começarmos nosso
curso de psicologia aplicada a educação, escola e aos problemas e aprendizagem,
acredito que seja necessário fazermos uma reflexão sobre nossos hábitos de
estudos, sobre nossa própria aprendizagem. Convido-os a fazer uma reflexão após
a leitura deste texto.
Quantas vezes você já
ouviu seus amigos ou você mesmo dizer?
“Preciso estudar para
prova, nem sei por onde começar”
“Me matei de estudar, e me
dei mal na prova, que chato”
“Passei a noite inteira
estudando e na hora da prova deu branco”
“Não consigo estudar, acho
que vou desistir do curso”
“To desanimado(a) , não consigo ir bem nas
provas”
“Não consigo estudar”
A coisa piora quando o
aluno passa horas debruçado sobre os livros e, mesmo assim, não consegue
melhorar sua compreensão e suas notas.
Então o que fazer? Como estudar? Como melhorar o estudo ou
rendimento acadêmico?
Aprender envolve um
processo complexo, este pode ser muito gratificante, mas incluem; interesse,
dedicação, uma dose de esforço, técnicas de estudo, organização e força de
vontade.
Mas,
afinal, o que é estudar?
Apenas
ir à faculdade? Ficar sentado ouvindo o professor? Ler atentamente um texto ou
um livro? Fazer as tarefas de casa?
Estudar é tudo isso!
É ir à
faculdade e ouvir o professor; é participar ativamente das aulas, lendo textos
e livros, fazendo as atividades de classe; é fazer as tarefas propostas para
casa; é observar o ambiente, as pessoas, enfim é conhecer e participar do
mundo...
Estudar exige mais do que
paciência e força de vontade. Estudar requer também, muita disciplina e o
domínio de algumas técnicas - às vezes simples - para que o aprendizado seja
feito com a máxima eficiência e o mínimo de tempo.
Selecionamos aqui algumas
informações e dicas que acreditamos que sejam importantes para sua caminhada em
direção ao conhecimento e melhoria de seu desempenho acadêmico.
1-A primeira condição para um bom aprendizado é o INTERESSE.
Não duvide: aprendizado sem um mínimo de interesse não existe!
Torna-se esforço cansativo e muitas vezes pode-se dizer até inútil. Procure
entender a importância daquilo que você esta estudando, relacione as
informações recebidas com situações de sua vida ou de seu cotidiano.
2-Aprenda o que você ama
- Existe uma parte do cérebro chamada sistema de
recompensa, que registra todas as sensações boas que acontecem com a pessoa. O
organismo então sempre buscará experiências que proporcionem essa sensação boa.
O sistema de recompensa age quando “se vicia” em algo, ou seja, nosso cérebro
quer sempre retornar ao bem-estar. “Se
você faz ou aprende algo que te interessa muito, essa coisa faz com que seu
cérebro antecipe a recompensa, e isso proporciona a ele (cérebro) as
ferramentas que precisa: foco, atenção e uma descarga de dopamina, substância
estimulante do sistema nervoso central”Wilson
( 2008). Consequentemente haverá maior probabilidade de ocorrer o envolvimento
na atividade e aprendizagem ocorrerá. A liberação de dopamina proporcionada
pelo sentimento de satisfação faz com que as informações sejam consolidadas na
memória. O ponto mais importante é que se nos interessarmos por alguma
atividade, se gostarmos da atividade, a dedicação será maior, e a aprendizagem
também.
3-Participe
da aula, preste atenção, tome nota e não tenha vergonha de fazer perguntas. Os
últimos estudos dos neurocientistas, como Wilson
(2008) mostram que uma pessoa capta:
- 20% do que apenas ouve;
- 30% do que apenas vê;
- 50% do que ouve e vê;
- 80% do que ouve, vê e faz.
Isso significa que, é importante utilizarmos,
várias áreas do nosso cérebro quando nosso desejo é aprender. Fique atento na
aula, - evite falar durante as aulas; procure estar atento e concentrado; seja
um ouvinte ativo, participe da aula, pergunte ao professor sobre suas dúvidas,
discuta com ele e seus colegas seus pontos de vista.
Faça anotações. As anotações aliviam a
memória e permitem a repetição da matéria a qualquer momento, além de prender
atenção e criar condição para reter a matéria com mais facilidade e por mais
tempo; A escrita é um poderoso instrumento para preservar o conhecimento. Tomar
notas é a melhor técnica para guardar as informações obtidas em aula, em
livros, em pesquisas de campo e etc.
Manter os apontamentos das aulas é
fundamental. Um cuidado especial, nada de rabiscar em folhas soltas, é comum
não achá-las quando necessário. É importante ter seu caderno de apontamentos
das aulas.
4-Tenha seu horário de Estudo: Ter um horário para estudar é importantíssimo.
Faça uma programação de estudo, esta deve ser uma decisão só do aluno, escolha
um horário do dia para se dedicar ao estudo. Separe no mínimo trinta minutos do
seu dia para se dedicar ao estudo. Reveja seus compromissos de trabalho e
familiares e decida quando estudar, seja realista quanto ao tempo que você
poderá se dedicar aos estudos, sem ficar cansado demais a ponto de ficar
desanimado.
5- Recompense-se pelo estudo:
Quando os reforços pelo estudo estão muito distantes, como alcançar um diploma,
ter uma promoção no emprego ou mudar sua condição social, manter-se motivado
fica mais difícil, pois, os resultados estão muito distantes, assim a
manutenção da motivação fica mais difícil. Portanto é muito importante que você
se recompense quando terminar seu estudo diário ou semanal. Escolha algo que
seja importante para você e se presenteie. Pode ser um lanchinho diferente, um
programa de TV, um tempo extra de jogos no computador, um cineminha o final de
semana Isso permitira que o estudo seja de alguma forma recompensador, pois lhe
oferece ganhos a curto e longo prazo.
Por
hoje é suficiente, não vamos exagerar na dose.
Nos
próximos textos iremos tratar de alguns pontos muito importantes, como:
-
Melhorando sua capacidade de leitura
- Como
melhorar o desempenho em sala de aula.
-
Avalie e desenvolva seus hábitos de estudo.
- Como melhorar as estratégias de estudo para as
provas.
- As anotações em sala de aula.
Nós acreditamos que você poderá aproveitar
muito de nossas dicas, se precisar estamos a sua disposição para esclarecer
suas duvidas.
Professora Ana Lucia N. Braz
Referências Bibliográficas
ALAIZA, Lurdes; AMBROSIO, Genaro P.; MARTIN,
Enrique Congrains. Aprenda a estudar.
São Paulo, Editora Harper e Row do Brasil Ltda, 1979.
Notas metodológicas; subsídios a uma aprendizagem efetiva. Fortaleza, UNIFOR,
1989.
FERNANDES, Maria Nilza. Técnicas de Estudo (Como estudar sozinho). São Paulo, Editora
Pedagógica e Universitária Ltda, 1979.
MAGRO, Marina Celeste. Estudar também se aprende. São Paulo, Editora Pedagógica e
Universitária Ltda, 1979.
Wilson, Wilkie. Buzzed: The Straight Dope About
the Most Used and Abused Drugs from Alcohol to Ecstasy.
Olá Turma.
Boa tarde. Hoje saiu uma ótima reportagem, nos Estados Unidos existe um novo projeto educacional, quem sabe isso nos poderiíamos importar ou aprender com eles.Vamos ler e depois façam seus comentários.
“É possível educar todas as crianças de escola
pública em alto nível”
Diretora de rede
nos EUA participa de encontro sobre boas experiências no ensino público em São
Paulo e diz: a tecnologia livra os professores de tarefas para dar atenção ao
aluno
Uma escola com
salas sem paredes como as de empresas de tecnologia e em que os professores não
dão aulas consegue preparar todos os seus alunos para entrar e ficar quatro
anos na faculdade. Ou melhor, um grupo de quatro escolas chamadas de Summit, na
California, Estados Unidos, que cumpre a sua missão a risca: desde 2003, quando
a primeira unidade foi criada, 96% de todos os seus estudantes foram
selecionados para cursar pelo menos uma graduação.
A diretora executiva da rede de instituições e cofundadodora da primeira
Summit, em Redwood, está em São Paulo para participar nesta quinta-feira doTransformar 2013, um encontro sobre
experiências concretas de transformação e sucesso em escolas públicas pelo
mundo. Ontem, Tavenner conversou com oiGno hotel Maksud
Plaza, onde o evento será realizado das 8h30 às 18h30, e explicou como consegue
atingir esse objetivo. Entre as receitas, está o desenvolvimento de um plano de
aprendizado personalizado para cada estudante, que é acompanhado diariamente por
um tutor em todo o período do ensino médio, e um currículo totalmente conectado
com a realidade.
A melhor notícia é
que o modelo é mais fácil de replicar em grande escala do que o tradicional,
segundo a educadora. Com a ajuda da tecnologia, os professores são liberados de
várias tarefas e podem se dedicar mais aos alunos. Na Califórnia, ela já está fazendo
isso na rede de escolas charter (que funcionam com verba do governo e de
doações) Summit. Este ano, duas novas unidades serão abertas, e o plano é fazer
o mesmo nos próximos 10 anos, até que todos os alunos do Vale do Silício
recebam educação de alto nível. Atualmente, 47% terminam o ensino médio sem a
base necessária para o ensino superior.
Leia abaixo a
entrevista de Diane Tavenner ao iG:
iG: O que faz uma escola Summit ser especial?
Dianne Tavenner: O mais importante é que nós preparamos todos os nossos alunos
para a faculdade e carreira. Isso não é algo que todas as escolas fazem nos
Estados Unidos e, possivelmente, aqui também não. Nós acreditamos nisso e
levamos a sério esse objetivo. Para isso acontecer, desenvolvemos uma série de
ações, mas essa é a nossa missão. E nós já provamos que é é possível educar
todas as crianças de escola pública em alto nível. Isso é importante, porque
muitas pessoas antes pensavam que fosse impossível. E nós, junto com outros
educadores nos Estados Unidos, provamos o contrário.
iG: E como vocês fazem isso?
Tavenner: Nós começamos criando um plano de estudo personalizado para cada
estudante, de modo que ele define logo que chega à escola um objetivo para sua
carreira, que universidade quer fazer, que vida quer ter. A partir disso, nós
desenvolvemos um plano personalizado para que ele alcance o objetivo. Depois
trabalhamos para que a escola forneça todo o suporte necessário para manter o
estudante nesse caminho. Esse é o ponto de partida. O segundo ponto é que todos
os estudantes têm um mentor, que permanece o mesmo durante todo o período
escolar. Esse mentor ajuda a pensar nos objetivos e reavaliá-los quando for
preciso, observa todos os dias se o plano está sendo cumprido e de que forma,
conversa com a família, discute dúvidas e ajuda em crises. Em terceiro, vem o
jeito que ensinamos, o nosso currículo é muito autêntico e realista. Nós
trazemos tecnologia para a escola, as crianças trabalham colaborativamente em
projetos nos quais têm que resolver problemas reais, não é nada chato. Dessa
forma, as crianças ficam motivadas porque se dão conta de que estão aprendendo
coisas que vão ser úteis para ela. Por último, durante dois meses do ano
letivo, em janeiro e junho, os estudantes ficam fora da escola e trabalham na
comunidade, fazem estágios, têm experiências relacionadas a seus interesses ou
paixões, que podem ser fotografia ou jornalismo, por exemplo. Como avaliação
desse período, eles têm que desenvolver algo que possam compartilhar ou
apresentar. Então, se é algo relacionado à fotografia, fazem uma exposição. Se
é teatro, apresentam uma peça. Se fazem um estágio, devem fazer uma
apresentação sobre o trabalho realizado. Tudo sempre conectado com a realidade.
iG: Que práticas inovadoras são aplicadas nas
escolas Summit?
Tavenner: Nós usamos muita tecnologia. Por exemplo, a tecnologia serve para
saber exatamente o que cada aluno sabe e não sabe em todos os momentos. Cada
estudante tem o seu mapa pessoal de conhecimento e objetivos. Em vez de
promover aulas em que não importa quem sabe, mas que todos ouvem a mesma coisa
e tem que participar das mesmas atividades, cada aluno vai aprender o que
precisa aprender. Fazemos isso com uma ferramenta que chamamos de playlist –
como a dos tocadores de música digital. Nessa lista está tudo o que o aluno
precisa aprender e ele vai escolhendo como gostaria de fazer. Quando ele sente
que já está pronto para seguir em frente, faz uma avaliação. Se ele realmente
já aprendeu, ótimo, vai adiante.
É um
erro fazer com que os estudantes deixem a tecnologia do lado de fora da escola.
Isso não vai prepará-lo para o mundo.
iG: Eles podem escolher o jeito, mas não o que
precisam aprender, certo?
Tavenner: Eles podem realizar algumas escolhas quando desenvolvem o plano de
aprendizado inicial, mas tem coisas que todos precisam saber para chegar a uma
universidade. Para chegar a esses conhecimentos, eles escolhem como querem
aprender e não precisam passar pelo que já sabem.
iG: A senhora acredita que tecnologia é essencial
nas escolas?
Tavenner: A tecnologia proporciona que se desenvolva uma educação melhor, se
for usada do jeito certo. Mas mais importante que isso é que faz parte do mundo
e da vida. É um erro fazer com que os estudantes deixem a tecnologia do lado de
fora da escola. Isso não vai prepará-lo para o mundo.
iG: Esse modelo de escola pode ser replicado para
grandes redes de ensino, como a do ensino médio brasileiro?
Tavenner: Esse modelo é mais fácil de replicar em grande escala que o
tradicional. Tenho convicção sobre isso. No modelo antigo, cada professor tem
que fazer o seu próprio planejamento anual, preparar cada aula, corrigir todas
as provas. Nesse modelo, construímos uma plataforma que tem tudo isso pronto,
que é acessada pelos estudantes diretamente. Agora, os professores apenas ajudam
e dão suporte aos alunos. Eles não precisam ter todo o trabalho de preparação,
ficam mais focados no que fazem de fato.
iG: Ainda existem aulas, como as que eu tive na
escola?
Tavenner: Quase nunca. As aulas são em espaços grandes e abertos, em que os
alunos se dividem em grupos para desenvolver projetos. Mas não tem mais uma
grade de horário que começa com matemática, passa para ciência e depois
história. Não é mais assim.
iG: E como eles aprendem matemática, por exemplo?
Tavenner: De duas maneiras. Uma é online. Eles aprendem muito online, com
suporte de um tutor. A outra forma é fazendo projetos, nos quais aplicam a
matemática que estão aprendendo naquele momento. Por exemplo, um projeto
poderia ser descobrir como se projeta um prédio em um espaço determinado,
usando os conhecimentos de matemática. Claro que o professor participa desse
processo, mas ele não vai ficar na frente de uma turma falando e explicando,
enquanto os alunos tomam notas.
iG: São necessários mais professores para esse
modelo funcionar do que em escolas tradicionais?
Tavenner: Provavelmente o mesmo número.
iG: Como são escolhidos e treinados os professores?
Tavenner: Nós
selecionamos professores que são apaixonados pelo que fazemos e que acreditam
na nossa missão. Mas também investimos muito para desenvolvê-los depois. Eles
recebem 40 dias de formação todos os anos. Quando os estudantes estão fora da
escola, nos projetos na comunidade, os professores ficam aprendendo e crescendo.
É bom para todos.
iG: Vocês têm dificuldades para encontrar bons
professores, preparados para aplicar um modelo inovador de educação?
Tavenner: Temos vários candidatos sempre. Eu não acredito em escassez de bons
professores. Algumas pessoas nos EUA acreditam nisso, mas eu não concordo. Todo
o professor que eu conheço quer fazer o bem para seus alunos. Mas quando o
professor entra em uma escola ou sistema de ensino que não funciona e que faz
com não seja bem sucedido, mesmo trabalhando muito, começa a ficar desmotivado.
Se ele tiver a oportunidade de trabalhar em uma escola que o valorize como
profissional e na qual consiga fazer um bom trabalho, sempre gosta.
A maioria dos que defendem que curso
superior não é necessário são pessoas que foram para a universidade e tiveram
sucesso.
iG: Os salários das escolas Summit são mais altos
que a média?
Tavenner: São salários competitivos.
iG: E que equipamentos os alunos têm disponíveis?
Tavenner: Nós damos um laptop para cada estudante e conexão de internet.
Naturalmente, todos eles levam seus celulares para a escola. E os professores
também têm laptop.
iG: E as salas de aula, como são?
Tavenner: Grandes, com poucas paredes, têm apenas algumas divisórias. Se
parecem com as salas de trabalho de empresas de tecnologia.
iG: O custo de uma escola Summit é superior ao de
uma escola pública tradicional americana?
Tavenner: É o mesmo. Às vezes é um pouco menos. As escolas charter (geridas
pelo setor público e privado, como as Summit ) recebem um pouco menos de
dinheiro do governo que as regulares. Ou seja, a manutenção não é mais cara que
a das tradicionais. Usamos o dinheiro de forma diferente, mas não é mais.
iG: Por que as doações são necessárias?
Tavenner: Nós precisamos das doações para começar. Não temos dinheiro para construir
o prédio, instalar a tecnologia. Não temos nada. As escolas charter só começam
a receber dinheiro do governo quando os alunos começam a aprender. Precisamos
do capital inicial.
iG: A missão das escolas Summit é preparar os
alunos para a universidade. Existemmovimentos nos EUA que defendem que fazer um curso superior não é o único
jeito de obter sucesso . O que você pensa sobre esse
posicionamento?
Tavenner: Existe, mesmo, um pequeno debate sobre essa questão. Mas a maioria
das pessoas que defendem isso são pessoas que foram para a universidade e
tiveram sucesso. Você não ouve pessoas pobres dizendo isso, você não ouve mães
de jovens que querem ir para a universidade dizendo isso. Então eu não acho que
essa seja uma boa discussão. De qualquer forma, nenhum estudante vai ser
prejudicado por ser preparado para a universidade. Se depois ele escolher não
ir, já terá aprendido muitos valores e conhecimentos que o preparam para uma
carreira. Eu acho que o nosso trabalho no sistema público de ensino deve ser o
de preparar o aluno para a universidade para que ele tenha condição de
escolher. Se ele preferir não ir para a faculdade, tudo bem.
O evento Transformar 2013, promovido pelo Instituto Inspirare/Porvir e a
Fundação Lemann, será transmitido ao vivo pela
internet . Veja a programação aqui .
Olá Alunos. É um prazer estar com vocês e compartilhar momentos de aprendizagem. Iniciamos com algumas dicas para vocês.
Segue hoje mais um texto para nossa reflexão sobre o Aprender. Precisamos mais do que nunca refletir sobre esta temática, afinal estamos na escola lidando diretamente com situações de aprendizagem diariamente, portanto conhecer estas diferenças é muito importante.
Textos de Orientação de Estudos.
Profª. Drª. Ana Lucia Nogueira Braz
ESTUDAR E APRENDER SÃO A MESMA COISA?
Ao longo de nossa jornada de estudantes quantas vezes nos mandam estudar, só que não nos ensinam como estudar, assim como não nos mostram como fazer para aprender aquilo que nos ensinam.
Hoje vamos nos ater a este tema: Estudar e Aprender.
As Definições:
Estudar - Aplicar a inteligência para aprender, para saber, ou adquirir instrução ou conhecimentos, dedicar-se à apreciação, análise ou compreensão de; procurar fixar na memória; freqüentar o curso de; exercitar-se, ser estudante, ser estudioso, aprender a conhecer-se; observar-se e analisar-se.( Dicionário Aurélio)
Estudar não é uma tarefa de simples execução, não é somente abrir algum livro ou apostila, de forma aleatória, e simplesmente ler, descompromissadamente, distraidamente, decorar para a prova e etc… Para que o estudo seja proveitosos é necessário um planejamento. Uma programação de estudos é essencial, pois, sem isso, o estudante dificilmente terá o aproveitamento desejado em seus momentos de estudo, que muitas vezes é um processo difícil e solitário.
Aprender – Adquirir conhecimento, apropriar-se de um conhecimento, Tomar conhecimento de, tornar-se apto ou capaz de alguma coisa, em conseqüência de estudo, observação e experiência.
Para que possamos adquirir um conhecimento um dos caminhos é o estudo.
Mas o que é estudar?
Estudar: pensar sobre algo de maneira sistemática; fazer um exame minucioso de algo, analisar. Usar da inteligência para apreender algo. Também significa praticar regularmente, treinar, exercitar, praticar.
Estudar é um processo que envolve: várias etapas, dedicação, tempo e treino, portanto, envolve uma metodologia de estudo. Um esquema, um método de estudo pode ser uma grande ajuda, pois, quando utilizado adequadamente, pode-se obter sucesso, ou seja, aprendizagem.
Aqueles que obtêm bons resultados nas avaliações não estudam necessariamente mais tempo do que aqueles que não conseguem. O segredo está em descobrir qual é a forma mais eficiente de estudar. O que importa é a qualidade do estudo e não apenas a quantidade de horas estudadas
É importante salientar que não existe um único método de estudo, nenhum método é ideal para todas as pessoas. Cada pessoa, a partir de sua personalidade, vai descobrindo a forma mais eficaz de aprender novos conteúdos. É necessário criar uma metodologia própria, ou seja, o seu modo pessoal de estudar e aprender. Mas é claro que existem alguns caminhos que podem facilitar esse processo, então vamos conhecer-los.
É bom lembrar que todo assunto novo é aprendido por associação de conhecimentos anteriormente apreendidos, daí a importância de estar sempre em dia com suas tarefas.
Para um estudo eficiente é necessário alguns pontos importantes: Ter um panorama geral do assunto; perguntar; ler; repetir; revisar.
Explicando cada ponto:
Ter uma idéia do panorama geral do assunto: É necessário para se ter uma idéia do que se deve estudar, a primeira coisa é fazer um reconhecimento preliminar. Essa atitude é importante. Deve-se começar dando uma vista geral sobre o assunto.
-Fazer perguntas; Perguntar, questionar sobre o assunto estudado; Volte ao que está estudando com perguntas elaboradas e procure responder, definir melhor as respostas. Ter dúvidas faz parte de qualquer boa aprendizagem. Quanto mais perguntas melhor. Leve-as para seu professor, ou discuta com seus colegas de classe, a sua duvida pode ser a de outros e assim podem perguntar ao professor ou consultar os textos. Lembre-se seu professor está lá para tirar suas dúvidas.
Ler com calma e objetividade; para um bom estudo é fundamental a leitura cuidadosa do que está estudando, prestar atenção nos argumentos, nos títulos e subtítulos, nos gráficos e tabelas.
Repetir o parágrafo que não entendeu; as vezes, não se entende nada de um texto na primeira leitura. Ler apenas não é estudar. Estudar exige a releitura, que não é uma técnica de decorar, mas sim a de compreender. Ao reler, podem-se fazer anotações e resumos. Faça um texto com suas palavras, torne o assunto mais pessoal para você.
-Faça uma revisão; algum tempo depois do primeiro estudo, deve ser feita a revisão. A revisão é essencial no fecho do ciclo de estudos. É a hora em que se vai buscar dentro da gente aquilo que aprendemos, reavivando tudo. Nesse momento, vale muito ter resumos e anotações, consultar as partes que estão um pouco apagadas da memória. É essencial fazer muitos exercícios revendo alguns feitos anteriormente. Verifique se você ainda sabe fazer “aquele difícil” ou se ele agora não parece muito mais óbvio.
Finalmente, uma recomendação que é muito importante: “Antes de tudo. Convença-se da importância que se pode ter para sua vida o estudo. Só assim você poderá se dedicar e fazer todo o esforço que é necessário para aprender. Ser bem sucedido começa aí: por uma profunda reflexão que só você vai poder fazer.”
Para que possa colocar em ação sua metodologia de estudo, você vai precisar de tempo, planejamento e organização, para isso segue algumas dicas: ^
Algumas dicas para elaborar melhor o horário de estudos:
Reservar pelo menos 01 hora de estudo diário.
Procurar estudar os conteúdos apresentados pelo professor o mais cedo possível após a aula.
Fazer um intervalo de dez minutos a cada 50 minutos de estudo.
Estudar primeiramente os conteúdos mais difíceis.
Ao estudar um conteúdo, desligar-se das demais.
Não esperar sentir vontade para começar a estudar na hora marcada.
Seguir o plano de estudo até formar o hábito.
Procurar estudar alternadamente conteúdos onde haja mais ou menos dificuldade.
Utilizar o domingo como dia de descanso, no máximo usá-lo para a leitura. Não esquecer de deixar espaço para o lazer, diversão faz muito bem.
Organizar um horário não só para o estudo, mas para todas as atividades. Fixar o lugar e as horas em que estuda.
Vamos esquecer a “decoreba”, o importante é entender a idéia do conteúdo apresentado. Uma dica é fazer um resumo do conteúdo apresentado no mesmo dia da explicação do professor, com isso você irá organizar suas idéias e ajudará na compreensão.
Estudar antecipadamente só traz benefícios: você não precisa se preocupar com a avaliação que será no dia seguinte e poderá estudar com calma; terá tempo para tirar as dúvidas com os professores na medida em que elas forem aparecendo e o resultado com certeza será muito mais eficiente
Referência Bibliográfica: RIBEIRO, Marco Aurélio. A técnica de Estudar. Rio de Janeiro: Editora Vozes.
MAGRO, Marina Celeste. Estudar também se aprende. São Paulo, Editora Pedagógica e Universitária Ltda, 1979.
WILSON, Wilkie. Buzzed: The Straight Dope About the Most Used and Abused Drugs from Alcohol to Ecstasy.Paperback, 2008.
MAGRO, Marina Celeste. Estudar também se aprende. São Paulo, Editora Pedagógica e Universitária Ltda, 1979.
WILSON, Wilkie. Buzzed: The Straight Dope About the Most Used and Abused Drugs from Alcohol to Ecstasy.Paperback, 2008.
Olá Galera do quinto semestre, o nosso Segundo Texto para as atividades práticas será :
O médico higienista na escola: as origens históricas da medicalização do fracasso escolar.
Autoria de Patricia Zucolloto.
Você encontrará no endereço: https://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=1&ved=0CB4QFjAA&url=http%3A%2F%2Fwww.revistas.usp.br%2Fjhgd%2Farticle%2Fdownload%2F19822%2F21893&ei=BSflU7nbLMbksASepoC4CA&usg=AFQjCNF0hRDgLMwSGENh86hfe7QeHEwbLA&sig2=taIFfLKvW5pWkGXXLhHHIQ.
O terceiro Texto : Você encontrara no endereço: http://www.scielo.br/pdf/pe/v6n2/v6n2a18.pdf
Orientação a Queixa escolar- Esta na Revista : Psicologia em estudo. v 6; n. 2; jul/dez 2001. Maringá.
Também pode acessar este endereço e ler a resenha do texto: http://www.redalyc.org/pdf/2871/287122107024.pdf
O texto: Novos paradigmas na prática do Psicologo Escolar., esta na revista Psicologia Reflexão e Critica do ano de 2005,volume 18(2), páginas.196-199. Você encontrará no endereço:
http://www.scielo.br/pdf/prc/v18n2/27470.pdf.
O texto: A ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO ESCOLAR: MULTIRREFERENCIALIDADE,
IMPLICAÇÃO E ESCUTA CLÍNICA de João Batista Martins.
Revista Psicologia em Estudo. de 2003 volume 8. No endereço: http://www.scielo.br/pdf/pe/v8n2/v8n2a04.pdf.
O texto: Encaminhar para a saúde quem vai mal na educação: Um circulo Vicioso? De Adriana Marcondes Machado. Você encontra no endereço:http://efp-ava.cursos.educacao.sp.gov.br/Resource/153536,7A7/Assets/NucleoBasico/pdf/nb_m07t11b.pdf
O nosso ultimo texto: O que pode fazer o psicólogo na escola? De Albertina Mitjáns Martinez.
na Universidade de Brasilia no site repositório: endereço: http://repositorio.unb.br/bitstream/10482/6292/1/ARTIGO_QuePodeFazer.pdf